HGF 56 anos: segundo dia promove debates sobre inovação na oftalmologia, saúde digital, cárdio-obstetrícia e doenças raras
21 de maio de 2025 - 17:35 #cardio-obstetrícia #Cardiologia #Cuidados Paliativos #Doenças raras #educação #HGF 56 anos #Oftalmologia #saúde digital #Tecnologia
Assessoria de Comunicação do HGF
Texto: Eva Sullivan
Fotos: Eva Sulllivan
Profissionais do HGF compartilharam experiências para debater avanços tecnológicos e estratégicos assistenciais
Como parte da programação de aniversário pelos 56 anos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), profissionais de diversas áreas se reuniram, nesta quarta-feira, 21, para uma série de reflexões e trocas de experiências sobre o papel da tecnologia na assistência à saúde.
Na abertura das atividades, a coordenadora do Serviço de Cuidados Paliativos do HGF, Raissa Carvalho, destacou a importância do debate sobre tecnologia e comunicação na prática assistencial. “Esse momento foi fundamental para consolidar o trabalho que vem sendo desenvolvido no hospital e fortalecer a atuação interdisciplinar do serviço. Discutimos como tornar a comunicação mais assertiva e como ela pode qualificar a assistência ao paciente e às famílias. Hoje temos mais de 20 profissionais, entre enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e nutricionistas. Isso nos permite oferecer um cuidado mais humanizado, voltado para os valores e o sagrado do paciente”, reforçou.
Coordenadora do Serviço de Cuidados Paliativos do HGF, Raissa Carvalho
Logo em seguida, a mesa sobre “Tecnologias em Oftalmologia” foi conduzida pela coordenadora do serviço, Islane Verçosa. Ela ressaltou como o avanço tecnológico tem impactado diretamente na precisão do diagnóstico. “Hoje não é mais possível fazer diagnóstico apenas com observação clínica. A tecnologia é uma aliada indispensável, e no HGF contamos com recursos para atender diversas especialidades, como córnea, cristalino, vítreo, retina e olho seco”, explicou.
A moderação da segunda mesa redonda ficou na responsabilidade da Coordenadora do Serviço de Oftalmologia, Islane Verçosa
Assessor Técnico da Coordenadoria de Políticas de Educação, Trabalho e Pesquisa em Saúde (COEPS), José Luis Paiva de Mendonça Ferreira, também participou da programação, abordando a formação de competências para a saúde digital.
Durante a mesa, ele apresentou diretrizes estratégicas relacionadas à transformação digital no Sistema Único de Saúde (SUS) e destacou o Programa SUS Digital, que busca promover a qualificação dos profissionais de saúde para o uso adequado das novas tecnologias. “Estamos desenvolvendo competências para que os profissionais e estudantes possam lidar com essas inovações, sempre alinhados aos princípios da integralidade e equidade do SUS”, ressaltou.
José Luis também é Supervisor geral da Residência Multiprofissional em Saúde Digital da ESP/CE
A enfermeira Anna Paula Sousa da Silva, que coordena o Centro de Simulação Clínica do HGF, também falou sobre a importância de discutir o tema no atual contexto. “A cada dia buscamos atrelar o uso da tecnologia às capacitações profissionais. A Diretoria de Ensino e Pesquisa (DIEP), oferece esse ambiente de capacitação, e hoje temos um centro de simulação que, em breve, será apresentado, integrando essas inovações ao campo de prática”, afirmou.
Coordenadora do Centro de Simulação Clínica do HGF Anna Paula Sousa
Na parte da tarde, a mesa “Cardio-Obstetrícia: inovando no tratamento na gestação de alto risco” trouxe importantes reflexões sobre a atuação pioneira do HGF na área. O cardiologista Otávio Alencar Barbosa Júnior ressaltou a relevância do serviço para o estado e para o Nordeste. “Existem poucos serviços de cardio-obstetrícia no mundo e ainda menos no Brasil. O HGF é um hospital pioneiro nessa inovação, promovendo a melhoria da comunicação entre as várias especialidades que prestam assistência à gestante com cardiopatia. Nosso objetivo é programar a gestação com mais precisão, evitando complicações que são muitas vezes difíceis de prever”, afirmou.
“Somos referência não apenas no estado, mas também no Nordeste”, destacou o cardiologista Otávio
Ao comentar sua participação na programação, o médico George fez um depoimento emocionado sobre sua trajetória na instituição. “Cheguei ao HGF em 1982, fiz residência clínica e depois de cardiologia, e trabalhei aqui até o ano passado, quando me aposentei. Sempre considerei este hospital a minha casa. Me sinto, acima de tudo, devedor desta instituição que me proporcionou tantos aprendizados. Na cultura ocidental, muitos se sentem herdeiros. Eu, influenciado pela cultura oriental, sinto-me devedor. É uma dívida que se carrega da melhor forma possível, uma dívida tão grande que não se consegue pagar”, afirmou, emocionando os presentes.
O médico George contribuiu por mais de três décadas com o HGF e a formação de novos médicos no Ceará
O diretor-geral do HGF, Manoel Pedro, também participou das atividades e ressaltou a importância do debate sobre doenças raras e inovação tecnológica no contexto assistencial do hospital. “Por sermos um hospital de alta complexidade, acabamos recebendo muitos pacientes com doenças raras. Temos uma clínica médica muito forte e um ambulatório que atende mais de 1.500 pessoas por mês. Esses momentos são fundamentais para ampliar nossos horizontes e pensar mais nesses pacientes que tanto precisam de nós”, destacou.
Sobre o aniversário do HGF, o diretor reforçou o compromisso e a dimensão da instituição para o Ceará. “É um sentimento de muita responsabilidade. É uma instituição que se confunde com a história de milhares de famílias cearenses. Tenho muita alegria por poder, junto à equipe, acolher e cuidar de tantas pessoas, impactando positivamente a vida de milhares de cidadãos. O HGF vem, ao longo desses 56 anos, crescendo academicamente, tecnologicamente e, principalmente, no cuidado com a nossa população”, finalizou.