Enfermeiros e técnicos de enfermagem do HGF participaram de capacitação para atendimentos de emergência
27 de janeiro de 2020 - 19:30
Alinhar a linguagem e, assim, promover um real trabalho de equipe. Esse foi o principal objetivo da Capacitação de Via Aérea e Reanimação Cardiopulmonar realizada nos dias 20 e 21 de janeiro no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública do Governo do Ceará. O curso realizado por meio da Seção de Ensino, Aperfeiçoamento e Pesquisa (Seap) e pelo Núcleo de Segurança do Paciente e Qualidade Hospitalar (NSPQH) da unidade, teve como público alvo enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham na emergência do HGF.
Nos dois dias de capacitação promovido pelos médicos da residência em medicina de emergência, foram ministradas aulas teóricas que abordaram temas como o papel da enfermagem no manejo de via área e medicações na parada cardiorrespiratória, entre outros. Além das aulas teóricas, os participantes tiveram acesso a três estações práticas: abordagem da via aérea; reanimação cardiopulmonar; e situações especiais na parada cardiorrespiratória (pediatria e paciente politraumatizado). Um dos ministrantes do curso, o médico do terceiro ano da residência em Medicina de Emergência, Iury Tavares, explicou porque esses temas foram escolhidos. “São situações que mais causam desespero nas pessoas envolvidas, tanto os pacientes e familiares que o acompanham quanto a equipe que está atendendo. Por isso, é importante treinar bem todos os profissionais que estarão nesse tipo de atendimento, usar a mesma linguagem e ter sucesso nessas situações”.
A técnica de enfermagem Kelly de Sousa, que trabalha há um ano e nove meses no HGF, participou da primeira turma do curso e, para ela, o que mais chamou a atenção foi o trabalho em equipe. “Eu sempre achei que minha função era somente administrar a medicação do paciente, mas, com as aulas e as práticas de hoje, eu vi que o auxílio aos enfermeiros e médicos que eu devo fazer também é muito importante para o sucesso do trabalho da equipe”. O diálogo entre aulas teóricas e práticas foi um formato pensado pelos médicos residentes que ministraram a capacitação. Patrícia Lopes, médica do terceiro ano da residência em Medicina de Emergência e uma das ministrantes do curso, enfatizou a importância desse modelo. “Pensamos nesse formato porque acreditamos que é muito importante, além das aulas teóricas, colocar a mão na massa, sedimentar esse conhecimento, possibilitar o manuseio de materiais e medicações além da atuação em simulações de casos tão comuns em atendimentos de emergência”.
Não só no ambiente de trabalho o conhecimento e a prática adquiridos na capacitação serão aplicados, é o que acredita a enfermeira da unidade breve do HGF Patrícia Leite. “Gostei muito de vermos casos reais de obstrução de vias aéreas e de paradas cardiorrespiratórias e de praticar como fazer nessas situações porque eu acredito que a gente pode se deparar com casos como esses não só no trabalho, mas também na rua ou até mesmo em casa. Se acontecer, eu já sei como agir corretamente.”
O Núcleo de Segurança do Paciente e Qualidade Hospitalar do HGF vê com otimismo a iniciativa dos médicos residentes de ministrar a capacitação, como relatou a integrante da equipe do núcleo Fátima Marrocos. “Vemos com muito otimismo essa iniciativa porque a adesão é muito maior quando a demanda parte também internamente da equipe e não só de nós da administração do hospital. Iniciativas como essa contagiam a equipe e melhoram bastante o processo de qualidade e segurança dos atendimentos, que deve ser uma busca constante de atualização”. O curso reuniu, em duas turmas, 76 enfermeiros e 90 técnicos de enfermagem que trabalham na emergência do HGF.
Assessoria de Comunicação do HGF
Repórter e fotos: Marcia Ximenes