Campanha de conscientização do AVC alerta sobre a doença e foca na reabilitação

26 de outubro de 2018 - 17:47

Para marcar o Dia de Combate ao AVC, comemorado no dia 29 de outubro, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública de saúde do Governo do Estado do Ceará, juntamente com a equipe da Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC), realiza o II Encontro de Cuidadores de Pacientes com AVC, neste sábado, 27, às 9h, no auditório principal do HGF.

Este ano, a ação terá como tema: “Reerguendo-se após o AVC”, e irá abordar 12 pontos importantes na recuperação de um paciente que tenha tido o derrame. É o caso do aposentado Tibúrcio de Castro e Silva, 91. Ele está internado no HGF desde o último dia 17, depois de ter tido um AVC isquêmico. A neta Germana de Castro, 41, conta que ele estava em casa com a sobrinha quando começou a sentir os sintomas da doença.

“Ele estava sentado e minha sobrinha foi chamá-lo para cama quando percebeu que o vô não estava bem. Na mesma hora chamou os vizinhos para ajudar e um deles percebeu que era sinal de AVC. Eles o levaram para o hospital, mas por ser cardiopata, primeiro foram por Messejana, onde foi diagnosticado que realmente era um AVC e o encaminharam para o HGF”, relata.

Ao chegar na unidade, seu Tibúrcio foi logo atendido e trombolisado, onde está em fase de recuperação e logo irá seguir para casa, onde continuará os cuidados pós AVC.

Em média, a emergência do Hospital Geral de Fortaleza, atende por mês 240 pessoas vítimas de AVC. Por ano, 1.900 dão entrada pela emergência e 800 pacientes ficam internados na unidade de AVC. O HGF foi a primeiro hospital público do Ceará a oferecer o tratamento a partir do trombolítico, um medicamento que dissolve os coágulos no cérebro e diminui em quase 50% as possíveis sequelas da doença, além de reduzir cerca de 30% a mortalidade. A unidade de AVC do HGF investe na reabilitação precoce por meio de uma equipe multidisciplinar. São médicos neurologistas, enfermeiros capacitados para tratar de AVC, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que monitoram, 24 horas por dia, 20 leitos de internação.

Estimam-se que por ano, surgem 16.000 mil novos casos de AVC dos quais 80%, são AVC´s isquêmicos (quando ocorre a obstrução de uma artéria cerebral por um coágulo) e 20% AVC´s hemorrágicos (quando ocorre a ruptura de uma artéria cerebral). Ou seja, a cada 30 minutos 01 novo caso de AVC acontece em nosso estado.

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O AVC pode ser evitado

O neurologista João José Carvalho, explica que “apesar da sigla AVC significar Acidente Vascular Cerebral, o AVC não é um acidente. Mais de 90% dos AVC´s podem ser evitados desde que as pessoas controlem os chamados fatores de risco que são: Pressão alta, fumo, obesidade, dieta inadequada, sedentarismo, colesterol elevado, diabetes, uso abusivo de bebidas alcoólicas, estresse crônico, depressão, doenças cardíacas sobretudo a fibrilação atrial”. Em países desenvolvidos o AVC já caiu para a 3ª, 4ª e, em alguns, 5ª causa de morte.

Como reconhecer um AVC

Diante de uma pessoa com suspeita de AVC deve-se lembar de quatro palavras: sorriso, abraço, mensagem, urgente. É a escala SAMU. É fácil de ser aplicada. Pede-se para a pessoa sorrir, levantar os braços como se fosse abraçar e repetir uma mensagem. Se o paciente sorrir torto, não levantar um dos braços ou se levantar esse logo cair ou se não compreender ou conseguir repetir a mensagem, URGENTE, chame o SAMU.

Os sintomas do derrame são: perda súbita da força muscular em um lado do corpo; formigamento/dormência em um lado do corpo; dificuldade súbita para falar e/ou compreender o que se fala; perda visual súbita, particularmente de um olho apenas; tontura/vertigem e/ou dificuldade no equilíbrio de instalação súbita; e dor de cabeça súbita, diferente de todas que a pessoa já sentiu, sem causa aparente.

 

 

Assessoria de Comunicação do HGF
Débora Morais
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