Monitoramento integral de pacientes ajuda definição de diagnósticos
8 de fevereiro de 2018 - 19:21
Dor abdominal constante, dor no corpo, paralisia facial, fraqueza nos membros e impossibilidade de andar. Esse era o quadro de saúde que a estudante Crislene Moura de Paula, 21, apresentava quando chegou ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública de saúde do Governo do Ceará. “Tudo iniciou em 2014, quando ela começou a sentir dores terríveis e ficou sem andar e falar. Foi muito difícil chegar a um diagnóstico correto, mas Deus foi tão bom que a nossa angústia teve fim no HGF e descobrimos o que ela tinha”, fala a mãe Cristiane Moura, 38.
Crislene foi diagnosticada com Porfiria Aguda Intermitente, um tipo de mutação que desenvolve deficiência enzimática do fígado. “Devido à gravidade do caso, ela já vinha sofrendo há algum tempo. Foi aqui, no HGF, que conseguimos fechar o real diagnóstico dela. Chegamos inclusive a cogitar um transplante de fígado, pelo estado de saúde, mas graças a Deus tivemos sucesso no tratamento e hoje ela está bem”, afirma o clínico geral Joselânio Carneiro.
Ainda durante o tratamento no hospital, crise após crise, a equipe descobriu que Crislene estava grávida, o que foi um outro processo para que se pudesse garantir a segurança tanto da mãe quanto a do bebê. A paciente continua sendo acompanhada pela equipe, agora através do ambulatório da clínica médica, onde tem retorno marcado a cada dois meses.
Atualmente, o filho de Crislene está com dois anos e se chama Nathanael, uma homenagem a João Nathan Moreira, médico que acompanhou o caso da paciente durante todo o período de internação. “Eu acompanhei durante um mês inteiro o caso dela. Nós conversávamos bastante e a gente acabou desenvolvendo uma relação de amizade nesse período. Quando ela me disse que nome ia dar ao bebê fiquei muito agradecido pela homenagem”, fala Nathan.
Estrutura
O HGF tem o Time de Resposta Rápida (TRR) formado por 34 médicos intensivistas, emergencistas e especialistas que monitoram todos os dias, durante 24 horas, pacientes internados, com quadro clínico grave. O TRR atende as intercorrências acionadas de acordo com a classificação de risco, transporta os pacientes críticos entre as unidades do hospital, faz a busca ativa de pacientes potencialmente graves, alerta para a equipe assistencial quanto aos pacientes graves e/ou em cuidados paliativos, trabalha em equipe junto com o médico assistente e atua no ensino e na formação médica dos internos e residentes.
Aproximadamente 77% dos pacientes que estão internados na clínica médica são oriundos da emergência ou da UTI do HGF, 13% do ambulatório e 10% de outras unidades hospitalares. O serviço de clínica médica do HGF funciona com 30 leitos, cada uma com sete enfermarias. Além do serviço de atendimento, há o de ensino e pesquisa. Em média, a clínica médica do HGF forma 41 residentes e 120 internos anualmente.
Atendimento
Após o acompanhamento hospitalar, as pessoas são encaminhadas para o atendimento ambulatorial, onde são atendidos de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas, com diagnósticos complexos de atenção terciária e quaternária. Além do acompanhamento de pessoas com doenças de alta complexidade, o principal objetivo do atendimento ambulatorial é evitar complicações do quadro clínico e o reinternamento do paciente.
Assessoria de Comunicação do HGF
Débora Morais
(85) 3101.7086
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