HGF orienta sobre prevenção a lesões por pressão

22 de junho de 2017 - 16:13

Para melhoria da qualidade de vida dos pacientes internados no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública do Governo do Ceará, a equipe de enfermeiros do serviço de estomaterapia garante os cuidados preventivos e terapêuticos àqueles que estão hospitalizados por tempo mais prolongado. Como é o caso de José Ferreira Filho, 54 anos, que esteve internado por dois meses no HGF, diagnosticado com síndrome de Guillain Barré, uma doença autoimune que leva à inflamação dos nervos, provocando fraqueza muscular.

José Ferreira desenvolveu a síndrome por consequência da chikungunya, uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “Com o tempo, percebemos que ele estava com dificuldades de andar e fazer alguns movimentos, então nós o trouxemos para o HGF. Por conta dessas limitações, ele passou muito tempo deitado nas mesmas posições, e foi aí que começamos a perceber as feridas aparecendo, e passamos a conhecer o trabalho dessa equipe de cuidados paliativos da unidade”, explica o filho, Matheus Costa.


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Atendimento especializado

Durante o atendimento nas enfermarias da emergência, os profissionais orientam não só aos acompanhantes, mas também aos pacientes, de como a família pode auxiliar, junto aos profissionais, nesses cuidados durante o período de internação. Além disso, o grupo também orienta sobre a prevenção, o tratamento e a reabilitação do paciente no hospital e em casa após a alta hospitalar.

“É um trabalho que estamos realizando de educação e serviço, no qual nós vamos em todos os setores da emergência, conscientizando as famílias em como eles podem ajudar nesse acompanhamento durante a internação do paciente. Devemos sempre observar o tempo em que esse paciente passa em uma posição, para que não iniciem lesões e não agrave o que já existe, para que assim, possamos fazer um trabalho satisfatório para o paciente”, ressalta, Cláudia Carneiro, coordenadora do serviço de estomaterapia do HGF.

Lesão por pressão

A lesão por pressão, também conhecida como úlcera de pressão e, popularmente, como escara, é um tipo especial de lesão na pele, de extensão e profundidade variáveis, que ocorre geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta, podendo ser dolorosa. Também é considerada um evento adverso, pois é decorrente do tempo de permanência que o paciente fica em determinada posição, causando danos na pele.

De acordo com Cláudia, as lesões por pressão são classificadas por estágio que vai do 1 ao 4, sendo o 4, o estágio de maior comprometimento. “O estágio de nível 1 é a pele íntegra com eritemia que não embranquece (pele avermelhada); o estágio 2 é a perda de pele em sua espessura parcial com exposição da derme (pele rompida); o estágio 3 é a perda da pele em sua espessura total e a 4 é perda de pele juntamente com a perda tissular, a que chamamos de lesão profunda”, explica.

Com o acompanhamento da equipe de estomaterapia do HGF, José Ferreira foi curado das lesões. Sob orientações médicas, José voltou para casa no último dia 15, dando continuidade ao tratamento da síndrome de Guillain Barré em domicílio. “Meu pai está bem e está recuperado. Ficou nenhuma marca das lesões. Ele só sente um pouco de dormência ainda, por conta da Guillain Barré. Estamos continuando o tratamento com remédios e fisioterapias”, fala.

Prevenção

A lesão por pressão surge de uma hora para outra e pode levar meses para cicatrizar. Para preveni-las, é importante mudar a posição dos pacientes acamados ou com dificuldade de movimentos a cada duas horas pelo menos, com muito cuidado, mantendo a roupa da cama e da pessoa bem esticada, pois as rugas e dobras da roupa podem ferir a pele. Isso alivia os pontos de pressão da pele nas áreas de maior risco.

Pessoas em cadeiras de rodas, que permanecem sentadas durante muito tempo, devem mudar de posição com mais frequência, a cada dez ou quinze minutos. É preciso ajudá-las a aliviar o peso do corpo sobre as nádegas. Se a pessoa não consegue se apoiar nos braços, o cuidador deve ajudá-la a se movimentar.

São também medidas preventivas indispensáveis a higiene e hidratação da pele, que deve ser mantida sempre limpa e seca, a dieta balanceada e rica em proteínas, a fisioterapia e o banho de sol, que fortalece a pele e fixa as vitaminas no corpo.

 

 

Assessoria de Comunicação do HGF
Débora Morais
(85) 3101.7086 / 98726.1212
debora.morais@hgf.ce.gov.br
Twitter: @Hospital_HGF

 

 

A lesão por pressão, também conhecida como úlcera de pressão e, popularmente, como escara, é um tipo especial de lesão na pele, de extensão e profundidade variáveis, que ocorre geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta, podendo ser dolorosa. Também é considerada um evento adverso, pois é decorrente do tempo de permanência que o paciente fica em determinada posição, causando danos na pele.

De acordo com Cláudia, as lesões por pressão são classificadas por estágio que vai do 1 ao 4, sendo o 4, o estágio de maior comprometimento. “O estágio de nível 1 é a pele íntegra com eritemia que não embranquece (pele avermelhada); o estágio 2 é a perda de pele em sua espessura parcial com exposição da derme (pele rompida); o estágio 3 é a perda da pele em sua espessura total e a 4 é perda de pele juntamente com a perda tissular, a que chamamos de lesão profunda”, explica.

Com o acompanhamento da equipe de estomaterapia do HGF, José Ferreira foi curado das lesões. Sob orientações médicas, José voltou para casa no último dia 15, dando continuidade ao tratamento da síndrome de Guillain Barré em domicílio. “Meu pai está bem e está recuperado. Ficou nenhuma marca das lesões. Ele só sente um pouco de dormência ainda, por conta da Guillain Barré. Estamos continuando o tratamento com remédios e fisioterapias”, fala.