No Dia Mundial do AVC HGF alerta para cuidados com a doença

28 de outubro de 2016 - 20:31

Há 30 anos, o seu Francisco Mendonça Paiva, hoje com 72 anos, estava trabalhando como auxiliar de eletricista, quando passou por um grande susto, ao chegar em casa, começou a sentir tonturas, dormência nas pernas e nos braços e uma dor de cabeça muito forte.  De imediato, foi levado para o hospital e foi diagnosticado com princípio de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Como morava em Tianguá, interior do Ceará, ele foi transferido para a Fortaleza, onde realizou a primeira cirurgia para a retirada do coágulo. Na última quinta-feira, 27, o eletricista sentiu novamente os mesmos sintomas e de imediato, foi levado à uma unidade de saúde de onde, após o atendimento e identificação dos sintomas, foi transferido para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública do Governo do Estado, unidade referência em tratamentos de alta complexidade como AVC.

Casos como esse são cada vez mais comuns e o Dia Mundial e Estadual do AVC, neste 29 de outubro, serve para alertar a população dos riscos e cuidados para evitar o derrame. Segundo o neurologista chefe da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza, Fabrício Lima, o derrame é uma das doenças que mais matam no Ceará, e um dos principais vilões que levam à doença são os maus hábitos da população. “O AVC é uma consequência de vários anos onde a pessoa não controlou educadamente os fatores de riscos que vão desde a hipertensão, diabetes, como o consumo excessivo de álcool e o tabagismo“, explica o especialista. Apesar disso, o número de mortes por AVC vem diminuindo nos últimos anos, em 2013 o número de óbitos foi de 4.598, em 2014 foram 4.424 e em 2015 teve um aumento com 4.716 casos.

São fatores como os apontados pelo neurologista Fabrício Lima que preocupam a esposa de Francisco Mendonça, Francisca Chagas de Lira, 66 anos, fala que o marido é uma pessoa muito difícil: “Ele não gosta de seguir a rotina de exercícios e medicamentos, e ainda tem o fator que prejudica muito que é o álcool e o cigarro”. A preocupação se justifica, Seu Mendonça sofreu mais um AVC e dessa vez revela que ficou com medo de morrer: “Eu comecei a ver que era tudo igual, daí já pedi a Deus para não sentir a mesma coisa, é uma dor muito forte que você não aguenta”. Internado desde a última quinta-feira, 27, na unidade de AVC do HGF, o eletricista já passou por todos os procedimentos que são realizados quando o paciente chega ao hospital, dentro da janela do AVC (período de 3 horas para realização do atendimento rápido e adequado que evita que o cérebro sofra maiores danos) e garante que a partir de agora terá uma vida mais saudável.

Atendimento de AVC no HGF

Chegam à emergência do Hospital Geral de Fortaleza, por mês, cerca de 240 pessoas vítimas de AVC. Por ano uma média de 1.900 dão entrada pela emergência e uma média de 800 pacientes ficam internados na unidade de AVC. A unidade foi a primeira do Ceará a oferecer, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento a partir do trombolítico, um medicamento que dissolve os coágulos no cérebro e diminui em quase 50% as possíveis sequelas da doença, além de reduzir cerca de 30% a mortalidade.

A Unidade de AVC do HGF investe na reabilitação precoce por meio de uma equipe multidisciplinar. São médicos neurologistas, enfermeiros capacitados para tratar de AVC, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que monitoram, 24 horas por dia, 20 leitos de internação.

No primeiro ano de funcionamento, a Unidade de AVC do HGF, atendeu 1.400 pacientes. Os internados tiveram acesso ao tratamento trombolítico e a exames modernos como a tomografia realizada pelo tomógrafo multislice, que realiza o exame em apenas 5 segundos. Em março de 2013 começou a funcionar a Unidade de AVC do Hospital Regional do Cariri (HRC), que iniciou a descentralização do programa estadual de atenção ao AVC.

alt

Fatores de risco do AVC

Dez fatores de risco controláveis são responsáveis por 90% dos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Essa relação entre causas e efeito reduz a imprevisibilidade da doença. Por isso, apesar do nome que tem, o AVC não é um acidente. Os fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são, por ordem de importância, pressão alta, fumo, obesidade, dieta inadequada, sedentarismo, colesterol elevado, diabetes, uso abusivo de bebida alcoólica, estresse crônico, depressão e doenças cardíacas, sobretudo a fibrilação atrial. A principal característica do AVC é a manifestação súbita dos seguintes sintomas: perda da força ou da sensibilidade em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou compreender, perda visual, particularmente se for só de um olho, tontura, vertigem ou dificuldade no equilíbrio, dor de cabeça sem causa aparente.


Assessoria de Comunicação do HGF
Débora Morais
(85) 3101.7086 / 98726.1212
debora.morais@hgf.ce.gov.br
Twitter: @Hospital_HGF

 

 

 

 

 

Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 Dez fatores de risco controláveis são responsáveis por 90% dos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Essa relação entre causas e efeito reduz a imprevisibilidade da doença. Por isso, apesar do nome que tem, o AVC não é um acidente. Os fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são, por ordem de importância, pressão alta, fumo, obesidade, dieta inadequada, sedentarismo, colesterol elevado, diabetes, uso abusivo de bebida alcoólica, estresse crônico, depressão e doenças cardíacas, sobretudo a fibrilação atrial. A principal característica do AVC é a manifestação súbita dos seguintes sintomas: perda da força ou da sensibilidade em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou compreender, perda visual, particularmente se for só de um olho, tontura, vertigem ou dificuldade no equilíbrio, dor de cabeça sem causa aparente.