Acolhimento humanizado ajuda familiares de pacientes no HGF
18 de dezembro de 2015 - 15:20
Sentimentos como medo, ansiedade e insegurança são comuns às famílias de quem está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para diminuir essas sensações, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública do Governo do Estado, realiza sessões de apresentação da unidade aos familiares dos pacientes, desfazendo mitos e esclarecendo dúvidas. Os encontros antecedem os horários de visita e duram cerca de dez minutos. São feitos pelas terapeutas ocupacionais e explicam o que de fato é a UTI, quais os profissionais envolvidos e os equipamentos utilizados no local.
O objetivo da iniciativa, de acordo com o médico intensivista Carlos Augusto Feijó, é humanizar o atendimento e promover uma maior interação com a família dos doentes. “A UTI corresponde à enfermaria de maior complexidade dentro de um hospital. Além de possuir os pacientes mais graves, ela carrega consigo uma diversidade de profissionais e um grande aparato tecnológico. Isto faz com que a primeira experiência de adentrar a UTI seja, muitas vezes, assustadora e cheia de expectativas”, esclarece.
As explicações dadas aos familiares dos pacientes começam mostrando que a principal diferença entre a UTI e a enfermaria é a monitorização contínua. “O monitoramento serve para a equipe médica avaliar em tempo real e de modo permanente as condições do paciente”, avisa a terapeuta ocupacional Anny Loureiro, uma das responsáveis pelas apresentações. Após essa explanação, a terapeuta apresenta a equipe de profissionais que prestam atendimento na UTI e também dá esclarecimentos didáticos sobre cada aparelho, desde o monitor onde é possível acompanhar os sinais vitais do paciente até a máquina de diálise.
As sessões de apresentação começaram a ser realizadas neste ano, de forma experimental, aos sábados de julho de 2015, na UTI Azul. Em setembro, a iniciativa foi ampliada para todos os dias de visita e em todo o Centro de Terapia Intensiva (CTI). Hoje, com a experiência já consolidada, a equipe do serviço comemora os resultados positivos. “O retorno tem sido o melhor possível. Ouvimos elogios e o mais importante é ver como os familiares se sentem mais tranquilos”, diz a terapeuta.
A funcionária pública Teresinha Leorne é uma das parentes de paciente que aprovam a iniciativa. O irmão dela esteve internado na UTI e, na opinião dela, foi muito importante conhecer o funcionamento da unidade para “sentir o coração aliviado”. “Fez um bem enorme porque, quando a gente entra na UTI, a gente não sabe direito o que vai encontrar. A gente vê os aparelhos, mas não entende. As explicações me deixaram menos angustiada”, declarou.
Segundo a terapeuta Anny Loureiro, geralmente, os familiares relatam sentir medo em relação aos barulhos dos aparelhos. “Explicamos o que representa cada som e isso alivia um pouco a tensão. A maioria nos conta que tem muito medo de UTI porque pensa que o parente está morrendo, mas a gente mostra que não é bem assim”, diz.
Outra dúvida frequente é se será possível, durante a visita, conversar com o paciente. “Os familiares podem encontrar os pacientes sedados, porém a prática recente dentro da Terapia Intensiva é manter o paciente sob efeito de sedação durante o menor tempo possível. Como consequência disso, grande parte deles se encontra acordado durante a visita dos familiares, sendo possível a comunicação com eles”, esclarece o médico Carlos Augusto Feijó.
CTI
O Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HGF possui 38 leitos distribuídos entre as UTIs Azul, Verde e Amarela. Em razão da sua complexidade, o CTI atende a pacientes com a mais ampla variedade de condições clínicas e cirúrgicas. Seu grande diferencial é o trabalho da equipe multi e interprofissional, formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, entre outras especialidades. Todos com o objetivo de oferecer o melhor serviço aos pacientes e familiares.
Além das sessões de recepção dos familiares, outra medida de humanização do atendimento no CTI do Hospital Geral de Fortaleza é a possibilidade de, em casos especiais, as visitas terem horário estendido e de alguns pacientes serem acompanhados em tempo integral.
Assessoria de Imprensa do HGF
Bárbara Holanda/Thiago Vidal
(85) 3101.7086
Twitter: @Hospital_HGF