HGF promove Dia de Conscientização sobre a Epilepsia
26 de março de 2015 - 20:35
Ainda criança ocorreu a primeira convulsão. Os anos foram passando e as crises só aumentavam. “Mas o problema não era apenas a convulsão e sim o preconceito dos vizinhos, dos amigos e até dos parentes”. Esse foi o depoimento de Jeane Sousa da Cruz. A dona de casa, diagnosticada com epilepsia aos 26 anos, conta, emocionada, os problemas pelos quais passou. “Me disseram até que essa era uma manifestação do mal.”, relata.
Epilepsia: aqui o preconceito não tem vez. Esse foi o tema do encontro que ocorreu na tarde de hoje, no Ambulatório de Epilepsia do Hospital Geral de Fortaleza. 26 de Março é o Dia de Conscientização sobre a doença. As ações de esclarecimento ocorrem em todo o mundo. O laço roxo simboliza o encontro.
De acordo com o neurologista responsável pelo ambulatório de Epilepsia do HGF, José Hortêncio Santos Neto, essa data serve para levar à população conhecimento sobre a doença e assim desmistificar mitos.
A equipe do Serviço de Neurologia do HGF atendeu mais de 60 pacientes. Foram distribuídos material informativo sobre a doença. Quem participou da ação tirou dúvidas, recebeu orientação sobre diagnóstico, causas, tratamento e quais as principais recomendações no momento de uma crise epilética.

Atendimento no HGF
O Ambulatório de Epilepsia atende, por semana, cerca de 40 pacientes. Por mês são mais de 170 pessoas assistidas pelos neurologistas apenas nesta especialidade.
Quem precisa do atendimento deve primeiro procurar uma unidade básica de saúde, ou seja, os Postos de Saúde. Desta forma é possível conseguir um encaminhamento para o especialista no HGF.
Importante saber
– Há risco de morte?
A morte, em virtude de ataque epilético é difícil de ocorrer. O risco é maior quando a pessoa tem um ataque que se prolonga por 30 minutos ou mais, sem recuperar a consciência (estado de mal epiléptico). Neste caso, ela deverá ser conduzida a um serviço de pronto atendimento.
– Como descobrir?
O diagnóstico da epilepsia é clínico, ou seja, não se apoia exclusivamente em exames físicos. O neurologista baseia-se na descrição do que acontece com o paciente antes, durante e depois de uma crise. Se o paciente não lembra, as pessoas que acompanharam o episódio são testemunhas úteis. Além dos exames neurológicos de rotina, um eletrencefalograma (EEG) pode reforçar o diagnóstico, ajudar na classificação da epilepsia e investigar a existência de uma lesão cerebral.
– Qual tratamento?
Em geral, cerca de 50% terão seus ataques totalmente controlados, 30% terão seus ataques reduzidos em frequência e intensidade a ponto de poderem levar vidas normais, e os outros 20% ou serão resistentes à medicação, ou precisarão de uma dose tão alta de remédio que será melhor aceitar um controle parcial.
Mais informações
Serviço de Neurologia do HGF
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Assessoria de Imprensa do HGF
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