Hoje, 10/11, é Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez
10 de novembro de 2014 - 15:23
Um recém-nascido aparentemente saudável e quieto. Essas são as lembranças que Janaína Lima guarda do nascimento do filho. Aos seis meses, quando Carlos Eduardo fez o exame de triagem auditiva neonatal, o famoso “teste da orelinha”, veio o diagnóstico: perda auditiva severa. “Ele era um bebê muito tranquilo e dificilmente chorava. No começo achei estranho, mas não cheguei a suspeitar que ele não ouvia”, lembra a mãe do pequeno.
Assim como Carlos Eduardo, qualquer pessoa que apresente perda total ou parcial de audição pode procurar atendimento no Centro de Saúde Auditiva do Hospital Geral de Fortaleza. Há 14 anos, o Setor atua na habilitação e reabilitação de pacientes com perda auditiva e que necessitam de implante coclear. Quase cinco mil usuários já foram beneficiados, desde que o Centro começou a funcionar.
O HGF é único hospital da rede pública do Estado credenciado pelo Ministério da Saúde para realização do implante coclear. Por mês são realizados no HGF uma média de quatro implantes. De acordo com dados do Setor, 62% dos pacientes do Centro de Saúde Auditiva são idosos, 35% crianças e o restante adultos.
A fonoaudióloga do HGF, Marinisi Sales Aragão Santos, faz o alerta aos pais sobre a importância de observar as reações das crianças nos seis primeiros meses de vida. “A audição é considerada um dos fatores determinantes para o desenvolvimento da linguagem, quem nunca ouviu, consequentemente, não saberá falar”, explica.
No caso do pequeno garoto, foram sete anos de silêncio. Ele precisou de uma prótese auditiva para conseguir ouvir pela primeira vez e agora, vai começar umas das etapas mais importantes do tratamento: a reabilitação. “No período de reabilitação o paciente é estimulado a desenvolver a fala através dos sons”, explica Marinisi Santos.

Por mês, aproximadamente 400 pessoas são atendidas, entre crianças, jovens e adultos. Uma equipe multiprofissional formada por otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos, neurologistas, neurocirurgiões, pediatras, neonatologistas, dentre outros especialistas realiza esse trabalho. “Atuamos na melhoria da qualidade de vida do paciente, tanto no contexto psicosocialsocial educativo quanto no ambiente familiar”, explica a chefe do Serviço de Fonoaudiologia, Emília Kelma Alves.
Como identificar o problema
Não responder a estímulos sonoros como, por exemplo, um simples bater de porta, além de não começar a chamada fase do “balbucio”, aos seis meses de idade, são alguns dos sintomas de deficiência auditiva ainda quando bebê.
O problema de saúde atinge mais de 5 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do IBGE. Na maioria dos casos, a perda auditiva se agrava ao longo do tempo. Quanto mais cedo o problema for detectado e tratado, melhores são as chances de prevenir a progressão da perda auditiva e obter os melhores resultados no tratamento da audição.
Atendimento
Para ter acesso aos serviços prestados pelo Centro de Saúde Auditiva do HGF é preciso ter em mãos um encaminhamento para consulta, emitido pelos médicos dos postos de saúde (rede municipal) ou especialistas de outras unidades hospitalares com atendimento secundário.
Serviço:
Centro de Saúde Auditiva do HGF – 3101. 3247
Assessoria de Imprensa do HGF
Oona Quirino / Karol Martins
(85) 3101.7086 / 8726.1212
Twitter: @Hospital_HGF