Dia Mundial e Estadual de Combate ao AVC é marcado por mobilização no Ceará

30 de outubro de 2014 - 15:38

 
Há cinco anos, um susto. Eduardo Lima estava trabalhando quando começou a sentir tonturas, dormência nos membros e uma dor de cabeça forte. Os sintomas insistiram por dias. O metalúrgico foi levado ao hospital e o diagnóstico foi princípio de AVC isquêmico. De lá pra cá, Eduardo vem monitorando a pressão arterial, alimentação e realizando atividades físicas regulares. Mas nem todos tem a sorte de Eduardo, isso porque todos os anos cinco mil pessoas morrem vítimas de AVC no Ceará, é o que revela dados da Secretaria da Saúde do Estado. A cada ano, cerca de 16 mil cearenses são acometidos pela doença. 

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O Dia Mundial e Estadual do Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi marcado pela conscientização da sociedade. Reunidos, uma equipe de multiprofissionais da saúde alertaram a população sobre fatores de risco e como se prevenir da doença. Além disso, como identificar sinais de um possível AVC, quais atitudes tomar e tratamentos pós AVC também foram pautados pela equipe.

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O encontro promovido pela Secretaria da Saúde do Estado, em parceria com profissionais do Hospital Geral de Fortaleza, aconteceu no dia 29 de outubro, data nacional em alusão ao Dia de Combate ao AVC.  A Praça do Ferreira, em Fortaleza, acolheu pessoas que buscavam informações e orientações sobre os cuidados com a saúde. Vários serviços foram ofertados á população. Após aferir a pressão arterial, o aposentado Pedro Oliveira descobriu hipertenção. Depois do susto, o momento é de se cuidar. “Vou ficar de olhos abertos. Eu não sabia que tinha pressão alta. Trabalhamos tanto que deixamos a saúde de lado. A partir de hoje vou me cuidar”, afirmou ele. 
 
Eu sou mulher. O AVC me afeta, esse é o título da campanha desse ano. Os riscos da doença no público feminino são maiores. De acordo com o chefe da unidade de AVC, do Hospital Geral de Fortaleza, João José Carvalho, uma em cada cinco mulheres terá um AVC na vida, enquanto nos homens a relação é de um caso em cada seis indivíduos. “Os fatores de risco para o AVC são mais comuns nas mulheres. Por ordem de importância: pressão alta, fumo, obesidade, dieta inadequada, sedentarismo, colesterol elevado, diabetes, uso abusivo de bebida alcoólica, estresse crônico, depressão, doenças cardíacas e, sobretudo, a fibrilação atrial”, destacou o especialista.

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Atendimento de AVC no HGF
 
Chegam à emergência do Hospital Geral de Fortaleza, por mês, 240 pessoas vítimas de AVC. Por ano são internados, na Unidade de AVC, uma média de 800 pacientes. A unidade foi a primeira do Ceará a oferecer, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento a partir do trombolítico, um medicamento que dissolve os coágulos no cérebro. “Utilizando o trombolítico o paciente diminui em quase 50% as possíveis sequelas da doença. Além disso, também reduz cerca de 30% a mortalidade”, afirma o neurologista João José Carvalho.
 
A Unidade de AVC do HGF investe na reabilitação precoce por meio de uma equipe multidisciplinar. São médicos neurologistas, enfermeiros capacitados para tratar de AVC, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que monitoram, 24 horas por dia, 20 leitos de internação.
 
No primeiro ano de funcionamento, a Unidade de AVC do HGF, atendeu 1.400 pacientes. Os internados tiveram acesso ao tratamento trombolítico e a exames modernos como a tomografia realizada pelo tomógrafo multislice, que realiza o exame em apenas 5 segundos. Em março de 2013 começou a funcionar a Unidade de AVC do Hospital Regional do Cariri (HRC), que iniciou a descentralização do programa estadual de atenção ao AVC.

Assessoria de Imprensa do HGF
Oona Quirino / Karol Martins
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