Doenças hipofisárias: diagnóstico precoce é o melhor remédio

11 de agosto de 2014 - 15:58

Um ciclo de palestras sobre doenças hipofisárias foi realizado, na manhã de hoje (11/08), no Hospital Geral de Fortaleza. O I Encontro de Conscientização foi promovido pelo Serviço de Endocrinologia do HGF, em parceria com a Associação de Amigos e Portadores de Acromegalia e Doenças Neuroendócrinas do Ceará (APADON). Temas que envolvem sintomas, diagnóstico e tratamentos foram abordados.

O objetivo do Seminário foi discutir sobre a acromegalia, na tentativa de desmistificar mitos e quebrar paradigmas, visando ajudar na socialização dos pacientes. De acordo com o chefe do Serviço de Endocrinologia, Ítalo Mota, a doença é rara, silenciosa e de difícil diagnóstico. É uma patologia crônica, causada pelo aumento do hormônio do crescimento (GH). A acromegalia leva ao crescimento exagerado das extremidades e órgãos internos, deformidade da face, dores nas articulares e alterações da voz. “Em casos mais graves da doença, a acromegalia pode levar a morte. Os pacientes apresentam doenças cardiovasculares, respiratórias e podem até sofrer Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC)”, explicou o médico endocrinologista.

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A doença não tem cura, mas sim tratamento. Segundo os médicos, o diagnóstico precoce é de suma importância. Por isso, detectar os sinais da acromegalia também foi tema abordado em palestra. De acordo com o chefe do Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, Manoel Ricardo Alves, alguns alertas são o aumento das mãos e dos pés, crescimento exagerado do nariz e dos lábios, aumento da mandíbula, formigamento nas extremidades do corpo, rugas faciais evidentes e dentes bastante separados.

O papel da enfermagem na continuidade do tratamento, suprimentos de medicamentos de doenças raras e quais são os procedimentos cirúrgicos também foram pautas de discussões. Esse último ponto foi levantado pelo médico neurocirurgião do HGF, especialista em tumores da hipófise, Jackson Gondim. De acordo com ele, o HGF é a unidade de saúde pública do Estado que realiza cirurgias de tumor na hipófise (glândula localizada no cérebro), desde 2000, pelo Sistema Único de Saúde.

O diretor geral do HGF, Zózimo Medeiros, ressaltou que ao mesmo tempo em que o encontro tem como foco principal a promoção da saúde dos pacientes com a doença, objetiva a valorização da educação continuada dos profissionais, uma vez que médicos, enfermeiros, técnicos, residentes e estudantes de medicina tiveram a oportunidade de assistir aulas sobre o tema. “O HGF, como hospital de ensino e pesquisa, tem também o papel de promover momentos como esse. Os profissionais que aqui estão têm a oportunidade de aperfeiçoar técnicas e capacitam-se para prestar um serviço, cada vez melhor, aos nossos pacientes”, finalizou.

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