100 pessoas atendidas no Mutirão da Dor de Cabeça

31 de maio de 2014 - 14:03

Com dor de cabeça constante há 1 mês, Vânia chegou ao Hospital Geral de Fortaleza com a esperança de descobrir a causa da cefaleia. A costureira perdeu o emprego, não consegue cuidar direito da filha pequena e nem ter uma vida social ativa. Segundo ela, a dor de cabeça vem acompanhada de vômitos, febre e desmaios. “Eu já perdi as contas de quantas vezes eu tive que ir a um pronto socorro esse mês. Minha vida está muito complicada”, relatou.
 
Vânia Gomes participou na manhã desse sábado, 31/05, do Mutirão da Dor de Cabeça que aconteceu no HGF. O mutirão atendeu os 100 primeiros pacientes que chegaram à unidade de saúde, os demais tiveram seus dados cadastrados para serem chamados no decorrer desse ano. Compareceram ao hospital quase 200 pessoas.
 
A quantidade de pacientes reflete o cenário hoje comprovado pelos especialistas no Ceará. Atualmente sofrem com enxaquecas, periódicas, cerca de 180 mil pessoas no estado. No país esse número é de 23 milhões de brasileiros. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, 90% da população apresentam dor de cabeça e 10% dessas precisam de tratamentos médicos sérios.

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O coordenador do mutirão que ocorreu no HGF foi o chefe do Serviço de Neurologia e membro das Sociedades Brasileira e Internacional de Cefaleia, João José Carvalho. Segundo o neurologista, existem pessoas que aguardam mais de um ano para serem consultadas por um especialista. “Hoje o nosso objetivo é ajudar a diminuir essa fila e ampliar as informações sobre o que é dor de cabeça, os seus tipos mais comuns e como conduzir as crises”, afirmou. De acordo com o médico, existem mais de 200 tipos de dores de cabeça. “A cefaleia é a queixa mais comum da humanidade e representa a décima causa de procura ao médico e a quarta causa de procura às emergências”, ressaltou João José Carvalho.
 
O Ambulatório da Dor de Cabeça no HGF atende por mês cerca de 250 pacientes, sempre às quintas-feiras. Por ano são atendidas, aproximadamente, três mil pessoas pelos especialistas da unidade de saúde. O mutirão que aconteceu no dia de hoje também ocorreu, simultaneamente, em 15 cidades brasileiras. Essa é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia em parceria com as unidades públicas de saúde.

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Erinalva Cavalcante estava a pouco mais de três meses aguardando uma consulta com um neurologista. A dona de casa falou que sofre com dor de cabeça desde os dez anos de idade. “Esse mutirão veio para trazer mais tranquilidade pra mim. Agora vou conseguir fazer meu tratamento de forma correta. Eu tomava remédio sem prescrição, de forma aleatória. Tenho esperança que agora vou retomar minhas atividades cotidianas normais”, afirmou

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