TRR chega ao HGF para dar ainda mais segurança ao paciente grave

10 de março de 2014 - 14:18

60 anos, com problemas de insuficiência renal, infecção generalizada grave em vários órgãos e sofrendo obstrução intestinal, esse era o quadro de saúde apresentando por Crescêncio Pereira Neto. O aposentando chegou ao Hospital Geral de Fortaleza desfalecido e sem orientação, trazido pelo SAMU, encaminhado pela UPA da Praia do Futuro. Casos assim são corriqueiros no HGF, mas o que chamou a atenção do corpo clínico foi a recuperação surpreendente desse aposentado que quase “morreu” por várias vezes.

Sorte ou assistência adequada? Em busca de acompanhar de perto pacientes como Crescêncio foi lançado no início desse ano, no Hospital Geral de Fortaleza, o Time de Resposta Rápida. O TRR é uma equipe formada por 34 médicos entre intensivistas, emergencistas e especialistas em medicina interna que monitoram todos os dias, durante 24 horas, os pacientes graves internados nos andares do prédio eletivo da unidade. Agilidade e a rapidez no monitoramento são as palavras de ordem para esse grupo.

O TRR tem como objetivos: atender todas as intercorrências acionadas seguindo a classificação de risco, transportar os pacientes críticos entre as diversas unidades do HGF, fazer a busca ativa de pacientes potencialmente graves nas diversas alas, alertar para a equipe assistencial quanto aos pacientes graves e/ou em cuidados paliativos, trabalhar em equipe junto com o médico assistente e atuar no ensino e na formação médica dos internos e residentes.

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O HGF é uma unidade de saúde pública terciária e quaternária, portanto, lida com doentes graves e gravíssimos mesmo em leitos eletivos. Por conta disso existem pacientes que merecem atenção total nesses andares. Na prática, o TRR vem para atuar em todas essas áreas, dando suporte às clínicas e aos grupos de enfermagem que acompanham esses pacientes diariamente. É uma espécie de serviço integrado com todas as especialidades.
 
O Time de Resposta Rápida monitora 273 leitos de internação. De acordo com um levantamento feito pelo TRR, em todo o mês de janeiro foram feitas 469 ocorrências, dessas, cerca de 22% situações graves.

Todos os dias as equipes fazem uma triagem dos pacientes mais críticos e avaliam como devem ser acompanhados. Os médicos mantém contato diretamente com os postos de enfermagem que existem em cada andar do prédio eletivo. Através de rádio comunicação, as equipes trocam informações e chamam o Time quando precisam de orientação ou mesmo quando a situação se agrava.

A gerente de enfermagem da ALA I do HGF, que contempla cirurgia vascular, neurocirurgia, cabeça e pescoço, otorrino, buco-maxilo-facial e ortopedia, Fabrícia Lima Lopes, afirma que o TRR chegou para dar mais assistência aos grupos de enfermagem. “Cuidamos de pacientes graves, cirúrgicos, e o Time sempre está por aqui para atuar em qualquer intercorrência”, diz.

Uma outra boa notícia é que a rotatividade nas UTI’s do HGF aumentou, isso porque o TRR identifica mais rápido os doentes críticos, tem autonomia para avaliá-los e encaminhá-los com maior agilidade aos leitos de unidade de terapia intensiva, desta forma, as chances de vida de um paciente aumentam consideravelmente. O médico intensivista Vitor Nogueira diz que o Time deu uma dinâmicidade maior ao setor, pois identifica o problema precocemente. O coordenador da UTI azul do HGF, Carlos Augusto Feijó, ressaltou a importância das regulações internas, das transferências feitas para as enfermarias, pois os doentes quando avaliados precocemente ficam menos tempo internados.

Segundo o diretor geral do HGF, Zózimo Medeiros, a implantação do TRR faz parte do conjunto de ações de modernização que vem sendo adotado nesta unidade de saúde pública nos últimos meses, por meio da Secretaria da Saúde do Estado. “Essa iniciativa faz parte do processo de construção do novo HGF. Mais uma vez se investe na segurança dos pacientes”, afirma.

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