Começa a segunda etapa de implantação do Registro Estadual de AVC
21 de agosto de 2013 - 15:09
As atividades do Programa de Atenção Integral e Integrada ao Acidente Vascular Cerebral no Estado do Ceará continuam. Desta vez foi apresentada a segunda etapa do Programa que tem como foco a implantação do Registro Estadual de AVC. Entidades que lidam diariamente no combate ao avanço da doença se reuniram na Escola de Saúde Pública do Ceará. O Registro Estadual é uma iniciativa da Secretaria de Saúde do Estado e segue as normas da Organização Mundial de Saúde – OMS.
Durante o encontro ficou claro que a intenção do Registro é reunir todas as notificações de casos da doença nos hospitais e também em clínicas radiológicas. Depois disso, os registros deverão ser encaminhados à Secretaria de Saúde do Estado.
De acordo com o chefe do Setor de Neurologia do HGF e também responsável pela Unidade de AVC do hospital, João José Carvalho, “Será possível investigar melhor as características dos pacientes vítimas da doença, identificar os fatores de risco e outras variáveis ligadas ao AVC. Desta forma podemos estabelecer melhores políticas em seu enfrentamento”, destacou. Outro fator apontado pelo médico especialista é “a melhor aplicação dinheiro público”.
Também esteve presente ao debate o coordenador de promoção e proteção à saúde da SESA,
Manuel Fonseca. Segundo ele, a segunda etapa do estudo epidemiológico do AVC tem como prioridade auxiliar os hospitais a implantarem o processo de notificação compulsória. “A ideia é que, sabendo a realidade concreta de casos de AVC, os órgãos competentes possam tomar as devidas providências a fim de diminuir seqüelas, óbitos e tempo de internação dos pacientes nas unidades de saúde”, explicou.
O estudo epidemiológico do AVC chama a atenção da coordenadora dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia. De acordo com Lúcia Costa a portaria de notificação compulsória, a nível estadual, agregou caráter de lei ao processo.
A segunda etapa do Programa de Atenção Integral abrange três passos. O primeiro é a busca ativa dentro das unidades de saúde, na intenção de criar uma cultura de notificação de casos de AVC. Em seguida a análise de atestados de óbito e depois disso a notificação compulsória.
Os especialistas explicam que mesmo o paciente se indispondo à notificação, o registro é uma ação de vigilância epidemiológica definida pela SESA, adquirindo, assim, caráter compulsório e dando liberdade aos profissionais de fazê-la. A plataforma digital de registro será de fácil manuseio, composta por nome, CPF, idade, sexo e data do AVC. O preenchimento desta ficha alerta as equipes do Programa que vai ao hospital para compor uma investigação mais apurada.
A plataforma também oferecerá meios de o hospital acompanhar estes dados. A PORTARIA Nº. 665, DE 12 DE ABRIL DE 2012, do Ministério da Saúde, institui a Política Nacional de AVC. Os hospitais que destinarem parte dos seus leitos ao tratamento da doença receberão recursos financeiros.
FIQUE POR DENTRO
O AVC 2013 IX CONGRESSO BRASILEIRO DE DOENÇAS CEREBROVASCULARES vai acontecer em Fortaleza, no Centro de Eventos do Ceará, entre os dias 13 e 16 de Novembro.
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