Pesquisa realizada pelo Setor de Medicina Intensiva do HGF é premiada

24 de julho de 2013 - 18:53

A pesquisa foi desenvolvida com a finalidade de analisar os efeitos nocivos que os agentes farmaucêuticos podem causar aos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). O trabalho premiado foi apresentado no 7º Simpósio Internacional de Medicina Intensiva para a América Latina, da Universidade Livre de Bruxelas (Bélgica), que acontece há cada dois anos. O evento ocorreu no fim de junho em São Paulo e reuniu médicos brasileiros, europeus e americanos. A equipe clínica do HGF apresentou 5% de todos os trabalhos divulgados no Simpósio.

A pesquisa foi realizada no Hospital Geral de Fortaleza, a partir do monitoramento de 50 internos da UTI, durante três meses. Sob a supervisão do coordenador da residência de medicina intensiva do HGF, Francisco Albano de Meneses, a equipe analisou como as interações/combinações, entre os medicamentos, atuam no organismo dos pacientes. De acordo com o orientador da pesquisa, “o intuito não foi descobrir nenhum fato novo. A intenção foi ter como base a literatura médica já conhecida para idetificar possíveis complicações a partir das combinações medicamentosas”. Para o médico, se faz necessário sempre esse alerta, “até porque o profissional prescreve vários medicamentos, buscando resolver ou amenizar o problema e acaba, se não houver relevante atenção, piorando a situação daquele paciente que já chega em estado grave na unidade”, explica.

A pesquisa premiada apontou que os pacientes internos em UTI’s passam por três ou mais interações medicamentosas, por dia, e que o índice de complicações moderadas e graves, entre eles, pode chegar até 80%. Vale ressaltar que, segundo o orientador da pesquisa,  para resguardar a saúde dos pacientes e por conta da gravidade do quadro clínico deles, cenário já determinado de UTI’s, não foram ministrados medicamentos para posteriores análises das interações. O trabalho realizado no Setor foi um estudo preventivo.

De acordo com a médica intensivista, autora da pesquisa, Érica Vieira, “o elevado número de interações medicamentosas com importantes incidentes de risco, especialmente na população de doentes, nos alertam para a necessidade de conhecimento por parte do médico intensivista para o uso de drogas”, diz.

Além de contar com a supervisão do coordenador da residência de medicina intensiva do HGF, Francisco Albano de Meneses e da autoria da profissional intensivista Elaine Santos, o trabalho premiado foi desenvolvido também pelos profissionais da saúde: médico intensivista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Ceará, Arnaldo Peixoto; residente de farmácia, Giovanni Fideles; residente em medicina intensiva, Érica Vieira; e a estudante de medicina, interna, Nayana Vidal.

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