Biossimilares é tema de palestra no HGF
6 de dezembro de 2012 - 14:48
O serviço de reumatologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), coordenado por Walber Pinto Vieira, recebeu, no dia 3 de dezembro, no auditório principal, o professor do Centro de Investigação e de Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, do México, Gilberto Castañeda-Hernández, para falar sobre medicamentos biossimilares.
Atualmente, existem os medicamentos convencionais, produzidos com molécula e que podem ser copiados similarmente (genérico), e os biológicos, que são feitos com células vivas, de utilização restrita somente por especialistas e demandam investimentos muito altos das companhias farmacêuticas.
De acordo com o reumatologista, Walber Pinto Vieira, “os medicamentos biológicos, após 10 ou 15 anos de uso, perdem a patente então os laboratórios começaram a fabricar os biossimilares, que por sua vez não são cópias nem genéricos que repetem a molécula exatamente igual ao original, mas são proteínas de alto peso molecular, muito grande e complexa, impossível de reproduzir exatamente igual. No Brasil, os biossimilares ainda não são utilizados, porque é necessário que sejam feitos estudos sérios, dentro das normas internacionais, para preencher os critérios de segurança e eficácia. Se for comprovado que o remédio tem a mesma ação do determinado medicamento original, pode ser usado e é isso o que queremos, porque é muito mais barato”.
O professor, Gilberto Castañeda-Hernández, enfatiza: “O Brasil tem potencial de fabricar esses medicamentos e isso seria muito bom para a economia do País e para os pacientes brasileiros, mas primeiramente deve haver uma regulação que permita somente biossimilares verdadeiros, sem tentativa de cópia, para que o industrial brasileiro possa desenvolver esses remédios, vender no Brasil e exportar”.
“Os biossimilares procedentes de outros países como Índia, China e Coréia estão pretendendo entrar no Brasil e, atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) já está preparando uma regulação que vá favorecer os biossimilares. Depois disto, o Governo Brasileiro deve favorecer o desenvolvimento da indústria nacional de biossimilares que podem garantir a qualidade equivalente aos produtos estrangeiros. O País, também, tem que fazer produtos inovadores porque isso, economicamente, é o que trás mais divisas para um país. Esse processo de implantação deve acontecer em uns 10 anos, mas é um investimento muito inteligente, futuro”, afirma Gilberto Castañeda-Hernández.
Assessoria de Comunicação do HGF
Rafaele Esmeraldo Menezes (rafaele.menezes@hgf.ce.gov.br / 85 3101.7086)
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