Profissionais da Vigilância em Saúde fazem curso sobre controle de escorpiões
24 de outubro de 2011 - 11:00
O objetivo é capacitar 40 técnicos de endemias dos oito municípios da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (Cres) no controle desses animais
Profissionais da Vigilância de Saúde vão poder fazer, a partir desta terça-feira, 25, um curso sobre controle de escorpiões, ministrado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
O objetivo é capacitar 40 técnicos de endemias dos oito municípios da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (Cres) no controle desses animais. O curso acontece até a próxima quinta-feira, 27, em Maracanaú.
Segundo o último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2009 o Ceará registrou 873 casos de intoxicação por animais peçonhentos, 726 delas por escorpiões, sendo 83% do total.
Os registros de acidentes por animais peçonhentos no Ceará, de acordo com o levantamento do Sinitox, caíram de 1.269 casos de intoxicação em 2008 para 873 em 2009.
Sobre os escorpiões
Os escorpiões não atacam o homem intencionalmente, e o acidente geralmente ocorre no momento em que a pessoa encosta a mão, o pé ou outra parte do corpo no animal. Os grupos mais expostos são os de pessoas que atuam na construção civil, assim como crianças e donas de casa.
Ainda nas áreas urbanas, são sujeitos os trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusear objetos e alimentos onde podem estar alojados (escondidos) os escorpiões.
Os escorpiões procuram alimento à noite. Podem entrar nas residências através de tubulações para fiação e encanamentos de esgoto, além de frestas de paredes, portas e janelas. Podem ainda ficar escondidos na claridade do dia, em lugares escuros e escondidos como dentro de calçados, armários, gavetas, panos e toalhas em áreas de serviço e banheiros.
A picada de escorpião é seguida de dor (moderada ou intensa) ou formigamento do local do acidente. Nos casos graves, podem ocorrer náuseas ou vômito, suor excessivo, agitação, tremores, salivação, aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial.
Diagnósticos
Para promover diagnósticos mais precisos nos casos de intoxicação aguda e fazer os registros de intoxicação no Estado, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica Estadual (Ciat) foi criado em novembro de 2005. O Centro funciona no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Fonte: O POVO Online/Fortaleza