Ministério da Saúde economiza quase R$ 118 mi em remédios

27 de janeiro de 2010 - 03:00

O Ministério da Saúde reduziu em quase 12% os gastos com as compras de medicamentos para tratamento da aids neste ano, o equivalente a uma economia de R$ 118 milhões. Segundo a diretora do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, a diminuição nos gastos amplia a oferta de remédios mais caros para pacientes resistentes às drogas atuais.

 

De 2003 a 2009, já foram incluídos três remédios para esse grupo, sendo que outro está sob análise do ministério para poder ser oferecido ainda neste ano. “Com essa redução, podemos incluir cerca de 15 mil pessoas por ano no tratamento”, disse Mariângela Simão. Atualmente, 191 mil pessoas estão em tratamento contra a aids.

 

Dos 32 tipos de remédios adquiridos pelo Ministério, sendo 13 nacionais, os 19 estrangeiros absorvem 72% da verba para as compras, que é de aproximadamente R$ 1 bilhão. As grandes compras do governo para fornecer os medicamentos e os esforços pela quebra de patentes, que possibilitam a produção nacional do remédio ou a compra do genérico colaboram para a queda no custo dos contratos com os laboratórios, afirma Mariângela.

 

De acordo com a diretora, o fato da patente do antirretroviral tenofovir, que faz parte do tratamento de aids e da hepatite B crônica, não ter sido reconhecida, reduziu o preço do medicamento de R$ 5,08 para R$ 3,50, o que significou uma economia de R$ 47,4 milhões.

 

Ela ainda acrescentou que a quebra de patente do efavirenz, medicamento que atua impedindo a produção do HIV, há quatro anos, possibilitou uma queda de R$ 204 milhões com as compras do remédio.

 

com informações da Agência Brasil