DIA NACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

O dia 30 de agosto é o dia instituído pela lei federal 11.303 de 11 de maio de 2006, para a conscientização da Esclerose Múltipla em todo o Brasil. Nesta data, associações em vários estados promovem eventos sociais públicos com o objetivo de levar a um maior número de pessoas esclarecimentos sobre a E.M., buscando assim um contato direto com as pessoas, quebrando o estigma de que esta doença impossibilita a convivência social.
    Para  marcar a data em Fortaleza, a Associação dos Amigos e Portadores de Esclerose Múltipla do Estado do Ceará – AAPEMCE, vai realizar de 24 a 30 de agosto, no espaço Benficarte, no shopping Benfica, uma exposição com os trabalhos artesanais produzidos pelos portadores de esclerose múltipla. A idéia é demonstrar as potencialidades criativas que os portadores de esclerose múltipla têm e viabilizar a divulgação dos contatos dos artesãos portadores de esclerose múltipla interessados em comercializar seus produtos.
A exposição acontece sempre no horário de funcionamento do shopping Benfica, das 10 da manhã às 10 horas da noite.
No dia 31, fechando a programação, a palestra “Conversando sobre a esclerose múltipla – a visão da equipe multidisciplinar e a visão do paciente” será realizada no auditório principal do HGF, das 9:30 às 11:30h, aberta ao público em geral. A iniciativa é do médico neurologista Artur D`Almeida, chefe do Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla do HGF.

    A esclerose múltipla é a doença que mais acomete adultos jovens no mundo. Estes muitas vezes se vêem incapacitados para o exercício de suas atividades cotidianas, bem como profissionais, por conta de certas limitações que a doença impõe.
    Aposentadorias precoces, a não inserção no mercado de trabalho para os mais jovens e a criatividade que se manifesta frente às situações adversas produzidas pela doença possibilitam o redimensionamento das aptidões pessoais para a arte, a qual se mostra em primorosos trabalhos resultantes de força de vontade e superação.
    A esclerose múltipla (EM) foi descoberta pela ciência no ano de 1860, sendo o médico francês Charcot o responsável por tal descoberta. Desde então, iniciou-se a busca pela cura de tal enfermidade, sem sucesso até o presente momento.
    Com o passar dos anos, o pouco conhecimento da enfermidade e a falta de tratamentos para minimizar os efeitos da progressão da doença geraram preconceitos e crenças equivocadas na população, dentre as quais a de que a EM era uma doença mental, uma doença de idosos, ou mesmo a doença do esquecimento (por conta do adjetivo esclerosado, o qual é usado vulgarmente para designar pessoas esquecidas).
    Tal desconhecimento acarreta grandes prejuízos para as pessoas acometidas de tal enfermidade, uma vez que o preconceito se manifesta nas mais diversas situações e o resultado é que depressão, falta de amizades e ânimo para viver passam a fazer parte do cotidiano de muitos portadores de esclerose múltipla.