Governador inaugura dia 29 nova unidade do HGF
25 de maio de 2009 - 03:00
O Hospital Geral de Fortaleza tem 40 anos de funcionamento. Com as obras de ampliação e modernização, que serão inauguradas pelo Governador Cid Gomes às 9 horas do dia 29 deste mês, é um novo hospital, com capacidade superior a 100% de realização de cirurgias, exames laboratoriais, atendimentos ambulatoriais. O número mensal de exames salta dos atuais 98 mil para 174 mil. O total de atendimentos ambulatoriais dá um salto de 12.800 para 28.800 realizados por mês. O número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aumenta de 61 para 118. Vinte leitos são exclusivamernte para pacientes com AVC – Acidente Vascular Cerebral, a doença que mais mata no Ceará e no País.
Com a nova unidade, o HGF fará todos os meses 1.300 cirurgias de média e alta complexidade, 780 a mais do que as 520 realizadas atualmente. As salas de cirurgias aumentam de 11 para 21. Quatro são salas cirúrgicas inteligentes porque todo o controle dos equipamentos médicos é feito através de comando de voz, controle remoto, telas e botões que contribuem para a otimização dos procedimentos e no combate a infecção hospitalar e oferecem mais conforto e segurança aos pacientes. Na tela de comandos, com um toque, é possível estabelecer comunicação entre as salas cirúrgicas e outros hospitais e instituições de pesquisa e ensino de qualquer lugar do mundo. Esse intercâmbio científico, com imagens ao vivo, contribui para o avanço da medicina e com as pesquisas acadêmicas.
Só na aquisição de equipamentos para a nova unidade o Governo do Estado, com recursos próprios, fez um investimento de R$25 milhões. Nas obras,
o total investido na primeira e segunda etapas é de R$64 milhões 243 mil e 443. A maior parte dos recursos foi do Tesouro do Estado. Exatamente R$44 milhões 895 mil e 820. A outra parcela veio do Ministério da Saúde, R$19 milhões 347 mil e 623. Mais R$15 milhões e 400 mil serão aplicados nas obras da terceira e última etapa do hospital, que inclui a construção de 96 leitos de internação até o final deste ano.
Nesses investimentos, ainda é preciso somar os recursos da reforma e modernização da emergência, que não estavam previstos no projeto original do novo HGF. Em obras foram aplicados R$2 milhões 116 mil e 376, sendo R$1 milhão 116 mil e 376 do Tesouro do Estado e $ 1 milhão do Ministério da Saúde. Para a compra de equipamentos o Ministério liberou R$1 milhão e 800 mil e o Governo do Estado mais R$400 mil. Somando obras e equipamentos, a nova emergência, que já está funcionando, custou R$4 milhões 316 mil e 376.
Em 1965 fez prova para revalidar o diploma de médico nos Estados Unidos. Aprovado, ficou na América e fez parte da equipe do Dr. Cooley, que realizou o primeiro transplante cardíaco nos Estados Unidos que sobreviveu a operação.
De volta a Fortaleza, reassumiu as funções de professor assistente da Faculdade de Medicina da UFC e como cirurgião da Casa de Saúde César Cals, onde compôs com outros médicos o primeiro serviço de cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea do Ceará. Em 1970 foi criado o serviço de cirurgia cardíaca do Hospital de Messejana. Um ano depois, em 1971, realizou a primeira cirurgia de coactação da aorta, com ressecção e anastomose direita, a correção do primeiro aneurisma roto da aorta torácica descendente, com ressecção e enxerto e ainda a primeira prótese mitral M3.
Em abril de 1972 Régis Jucá implantou o primeiro anel de carpentier e prótese mitral M2. Ainda em 1972 Régis Jucá realizou no Hospital de Messejana, pela primeira vez no Norte e Nordeste do Brasil, a cirurgia de revascularização do miocárdio com ponte de safena. E seguiu ao longo dos anos no pioneirismo, que trazia vida mais longa aos pacientes. Em 1986 fez a primeira cirurgia de jatena associada à manobra de lecompte, para transposição de grandes artérias, no Brasil. Prêmios na vida de Régis Jucá foram dezenas. Destaque para a menção honrosa Internacional Guiest Scholar, do American College of Surgeons em 1971. No Ceará, foi o mais jovem laureado com a Medalha da Abolição, concedida em 1982 pelo governador Virgílio Távora. Foi membro da Academia Cearense de Medicina e do Conselho Estadual de Ciências e Tecnologia.
Até a morte, em 2004, quando exercia o cargo de chefe do serviço de cirurgia torácica e cardiovascular da Casa de Saúde São Raimundo, realizou desde 1974 mais de quatro mil grandes intervenções cirúrgicas. Outro importante marca deixada por Dr. Régis Jucá foi a criação do ensino pós-graduado em forma de residência no Hospital de Messejana. Na vida profissional, sempre deu imensurável ênfase à dedicação ao ensino para as gerações mais jovens.
Régis Jucá teve três filhas (Laura, Raquel e Juliana). Era filho de Maia Laura Jucá e de Lineu Jucá. Casou-se com Beatriz Jucá.