HGF integrou a campanha nacional “De Olho nos Olhinhos” no Dia Nacional de Combate ao Retinoblastoma
19 de setembro de 2025 - 09:40 #Mutirão #Oftalmologia #Retinoblastoma
Assessoria de Comunicação do HGF
Texto e fotos: Eva Sullivan
Islane Verçosa: “O diagnóstico em tempo oportuno permite restabelecer a visão e contribui para o desenvolvimento global da criança, tanto na educação quanto na socialização”
No Dia Nacional de Combate ao Retinoblastoma, câncer ocular que atinge principalmente crianças de até cinco anos, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), integrou a campanha nacional “De Olho nos Olhinhos”, realizando um mutirão de atendimentos.
Hoje a doença representa 14% de todos os casos de câncer pediátrico em menores de dois anos, se desenvolvendo na retina do portador, resultando em um reflexo branco no olho, chamado de leucocoria.
No HGF, a iniciativa reuniu crianças de várias regiões do Estado encaminhadas para avaliação oftalmológica especializada.
O objetivo do evento foi ampliar o acesso ao diagnóstico precoce de doenças oculares, como o próprio retinoblastoma, além de outras alterações que, se identificadas a tempo, podem ter tratamento eficaz.
Para a chefe do Serviço de Oftalmologia, Islane Verçosa, a ação representa um esforço coletivo de mobilização pela saúde ocular infantil. “É um movimento construído a muitas mãos para que essas crianças sejam acompanhadas e tratadas a tempo”, reforça.
Além de consultas, o mutirão serviu de um momento de reencontro com quem segue o acompanhamento no hospital. “É muito gratificante rever muitas dessas crianças, alguns já adolescentes, e perceber a evolução delas. Poder dar continuidade a esse cuidado reforça nossa missão do HGF como um hospital que oferece tratamentos de alta complexidade”, destaca Islane.
O pequeno Théo veio de Campos Sales, região do Cariri.
Entre as histórias está a do pequeno Francisco Theo Fernandes Correia, 3, de Campos Sales. Para a mãe, Jamile Feitosa Fernandes, 22, o diagnóstico precoce salvou a vida de seu filho.
“Meu filho teve retinopatia da prematuridade (ROP) e graças ao diagnóstico precoce ele conseguiu preservar a visão. Théo nasceu extremamente prematuro, com 26 semanas, ficou cinco meses entubado e passou por laserterapia para tratar a ROP. Com dois anos descobrimos o desvio do olho. Viemos para a avaliação no HGF e estamos aqui na luta para que ele siga crescendo forte e saudável”, conta.
Para Islane, o caso do Théo simboliza não apenas uma vitória individual de uma criança que nasceu tão precoce, mas o resultado de quase três décadas de compromisso coletivo com a prevenção à cegueira infantil no Ceará. “Graças ao tratamento da ROP que conseguimos implantar e descentralizar no Ceará, hoje praticamente 100% dos bebês prematuros cearenses são examinados ainda na maternidade”, finaliza.