Dia da Saúde Ocular: HGF destaca prevenção e tratamento para doenças da visão
10 de julho de 2025 - 11:29 #Saúde ocular #Teste do Olhinho #visão
Assessoria de Comunicação do HGF
Texto e fotos: Eva Sullivan e Filipe Dutra
O Dia Mundial da Saúde Ocular é celebrado em 10 de julho, uma data que nos convida a voltar o olhar para um cuidado muitas vezes esquecido: a prevenção.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 75% dos casos de deficiência visual poderiam ser evitados com prevenção ou tratamento e, de acordo com o IBGE, mais de 6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual no Brasil, sendo que grande parte destas deficiências também poderiam ter sido evitadas.
No Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), esse cuidado não acontece só na data comemorativa. Todos os dias, a equipe da oftalmologia acolhe pacientes de todas as idades oferecendo acompanhamento ambulatorial, exames e procedimentos cirúrgicos com foco na preservação da visão e da qualidade de vida.
São 38 profissionais atuando em diversas especialidades da oftalmologia do HGF
“As pessoas precisam saber que 80% das informações que chegam ao cérebro vêm através da visão. Ou seja, quando a gente cuida dos olhos, está cuidando da nossa capacidade de aprender, de trabalhar, de se comunicar com o mundo”, explica a oftalmologista Islane Verçosa, chefe do serviço de oftalmologia do HGF.
Para a profissional, há cuidados que devem ser rotina na vida das pessoas. “Todo bebê, antes de sair da maternidade, deve fazer o teste do olhinho. E ele deve ser repetido em todas as consultas. Crianças entre 4 e 7 anos precisam ter a acuidade visual medida, de preferência na escola. Isso ajuda a identificar precocemente os chamados erros refracionais e ambliopia, que é o olhinho preguiçoso”, orienta.
A prevenção e o diagnóstico precoce fazem a diferença
A oftalmologista reforça, também, a importância dos exames regulares em adultos e idosos. A partir dos 35 anos, é fundamental medir a pressão intraocular pelo menos uma vez por ano, como forma de prevenção ao glaucoma, uma doença silenciosa e que pode causar a cegueira irreversível. Além disso, todos os diabéticos devem realizar o mapeamento de retina anualmente, já que a retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira no mundo.
“Pessoas acima de 60 anos já começam a apresentar sinais de catarata. Acima dos 80, praticamente todos os idosos têm catarata, mas a boa notícia é que ela é tratável com cirurgia. Já o glaucoma não tem cura, por isso a detecção precoce é tão importante”, afirma Islane.
Islane também reforça que as doenças oculares mais comuns ainda são as que poderiam ser evitadas com uma simples consulta. “As doenças oftalmológicas mais comuns no mundo inteiro são por erro refracional não corrigido, ou seja, aquela pessoa que precisa de grau, ou tem miopia, ou tem hipermetropia, ou tem astigmatismo e não conseguiu fazer a consulta oftalmológica”. Outra doença é a catarata, principal causa de cegueira no mundo por ser negligenciada, mas que é tratável com cirurgia. “O glaucoma é outra importante causa de cegueira também, e é irreversível. A doença cursa, geralmente, com aumento da pressão ocular e causa um dano no nervo, que a gente chama de neuropatia óptica glaucomatosa”, completa.
Sobre os sinais de alerta que indicam a hora de procurar um oftalmologista, ela destaca: “olhos tortos em crianças, brilho estranho no olhar [como reflexo branco], vista embaçada, olho vermelho com frequência, coceira constante ou dor ocular precisam ser avaliados quanto antes”, destaca.
Outro ponto de atenção que preocupa a equipe do HGF são os acidentes domésticos, principalmente com crianças. “A gente recebe muitos casos de perfuração ocular causados por brincadeiras com galhos, facas, cintos, elásticos ou batidas acidentais em móveis. São traumas graves e evitáveis. E vale sempre lembrar: todo olho que sofreu trauma precisa ser examinado. Sempre”, enfatiza.
Cuidado desde sempre
A atenção com a saúde ocular faz parte da vida de Aléxia Miranda Silva, 23. Ela é paciente do HGF desde os primeiros anos de vida — possui anirídia (malformação da íris, a parte colorida do olho), miopia e glaucoma. É graças ao tratamento obtido no hospital que ela pode ter uma vida normal. “O acompanhamento profissional me ajuda em tudo. Sem ele, eu com certeza poderia estar totalmente sem minha visão”, diz, grata.
A mãe dela, a dona de casa fortalezense Carla Lima de Miranda, 44, também possui anirídia e é acompanhada na mesma unidade de saúde. “Por eu ser pessoa com deficiência visual e ter minha filha também com problemas de visão, é importante que a gente se cuide. Não depende só dos profissionais, né?”, ressalta.
Carla e Aléxia: mãe e filha pacientes da Oftalmologia do HGF
HGF se destaca em serviço de média e alta complexidade
Além da atenção individual, o HGF também se destaca pelo perfil de pacientes que precisam de atenção mais especializada e pela abrangência do serviço oferecido à população cearense, como os casos de Aléxia e Carla. “A gente tem um serviço de média e alta complexidade. Recebemos pacientes com doenças da córnea, como úlceras, distrofias e ceratocone, que podem ser submetidos a transplante de córnea”, explica a médica Islane Verçosa. Os pacientes acessam a unidade por meio de encaminhamento realizado pela Central de Regulação da Sesa.
Ela destaca, ainda, o serviço de catarata de alta complexidade. “Lidamos com casos mais difíceis, como catarata branca, membranosa, associada a uveíte ou a doenças sistêmicas. Atendemos ainda casos de plástica ocular, órbita, doenças do vítreo, retina, uveítes, neuroftalmologia e glaucoma. Dentro de cada subespecialidade, somos referência para os casos mais complexos de todo o Estado”, finaliza.