HGF 56 anos: terceiro dia põe inteligências artificiais no centro das discussões

22 de maio de 2025 - 17:32 # # #

Assessoria de Comunicação do HGF
Texto e fotos: Filipe Dutra

Debate sobre tecnologias foi a temática do dia

O terceiro dia da programação do 56º aniversário do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) seguiu na temática do evento, que trata sobre os impactos da tecnologia na assistência, no ensino e na pesquisa.

A reumatologista da Santa Casa de Belo Horizonte, Marcella Maria Soares Melo, apresentou o aplicativo “Teraquiz”, que traz atualizações e novidades sobre diversas áreas da Medicina, inclusive a reumatologia. Para a médica, as tecnologias são grandes aliadas, mas devem ser utilizadas com cautela. “A inteligência artificial e as plataformas de atualização em tempo real ajudam muito na absorção de informações em menos tempo. Mas, ao mesmo tempo, nada disso substitui o conhecimento e o julgamento médicos. A principal mensagem que deixo é: usar as transformações tecnológicas que vêm surgindo na medicina de forma positiva, com discernimento, avaliando criteriosamente o que realmente é pertinente para a nossa prática clínica”, analisou.

Marcella exemplificou a tecnologia como aliada da saúde

O restante da manhã foi de mesa-redonda com neurologistas e neurocirurgiões do HGF sobre as tecnologias e impactos no setor. Participaram os profissionais Fernanda Martins Maia Carvalho, Glauber de Menezes Ferreira, Fabricio Oliveira Lima e Flávio Leitão Filho. Em consenso, o quanto se avançou e o quanto ainda se pode avançar – e que todos devem estar atentos a estas mudanças, principalmente no que diz respeito à inteligência artificial. “A AI está aí do lado. Se você não domina a tecnologia, busque dominá-la. Não fique atrás da curva”, orientou Ferreira.

Glauber exemplificou o que a IA pode fazer

Pela tarde, os avanços no tratamento do sono foram pauta de mesa redonda, que contou com os médicos Sérgio Tadeu Almeida Pereira e Davi F. de Araújo, a fisioterapeuta Clarissa Bentes e o cirurgião-dentista Roberto Dias Rêgo. “O sono tem ganhado cada vez mais importância, e estamos vendo surgir novas tecnologias para monitoramento e tratamento nessa área.  Em um hospital de alta complexidade como o HGF, é fundamental mostrar que o sono deve ser abordado de forma multidisciplinar, sempre com foco no principal beneficiado: o paciente”, disse Sérgio. 

O otorrinolaringologista e ex-diretor técnico do HGF, Sérgio Tadeu Almeida Ferreira

Na sequência, o professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Jean Carlos Souza Silva, palestrou sobre inteligência artificial no ensino da saúde. E o recado foi claro: a IA precisa de gente capacitada do lado. “A inteligência artificial precisa do nosso conhecimento acadêmico. Um dos desafios hoje, também no campo educacional, é que muitos alunos produzem, mas por ainda não terem desenvolvido o senso crítico, acreditam que aquilo que geraram é uma obra final. Eles não veem esse processo como parte de um caminho de mediação do conhecimento, mas sim como se fossem os autores únicos e definitivos de um produto acabado. Por isso, é fundamental mantermos esse senso crítico”, opinou.

O dia foi concluído com um apanhado do Centro de Simulação Clínica, equipamento do HGF que completou um ano de funcionamento – explicado por Anna Paula Sousa da Silva e Raphael Colares de Sá.

Anna Paula falou sobre o Centro de Simulação Clínica do HGF

 

O último dia de programação acontece nesta sexta (23/5), a partir das 8h.