“Eu renasci no HGF”: a história de superação de Maiara Soares do Nascimento após Síndrome de Guillain-Barré

7 de maio de 2025 - 16:41 # # # # #

Assessoria de Comunicação do HGF
Texto: Eva Sullivan
Fotos: Arquivo pessoal
Arte: Eva Sullivan

 

Mais do que um centro de referência em saúde, o Hospital Geral de Fortaleza é, há 56 anos, cenário de reencontros com a vida. Neste aniversário, resgatamos histórias de pessoas que encontraram, no hospital, não apenas tratamento, mas também sentido, coragem e transformação. 

Uma dessas histórias é a de Maiara Soares do Nascimento, 26 anos, natural de Bela Cruz, que teve sua vida transformada em janeiro de 2024.

Ativa, independente e cheia de planos, Maiara começou a sentir sintomas estranhos que, em pouco tempo, evoluíram para a perda dos movimentos do corpo. O diagnóstico foi Síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica rara e grave, que compromete o sistema nervoso e pode afetar diversas funções motoras.

“Foi como se tudo tivesse virado de cabeça para baixo. De uma hora pra outra, perdi o controle do meu corpo”, conta. O tratamento foi longo e exigiu dela força física, emocional e espiritual. Maiara passou por intubação, traqueostomia e chegou a sofrer uma parada cardíaca durante o procedimento. “Quando me falaram da traqueostomia, parecia coisa de filme, sabe? Mas, quando enfrentei a parada cardíaca, vi o quanto a vida é frágil. Ali, senti que estava recebendo uma nova chance”, relembra, emocionada.

Na Unidade de Cuidados Prolongados (UCP), Maiara encontrou apoio em profissionais que marcaram sua vida. “Foi na UCP que eu renasci. Comecei a mexer os dedos, depois os braços, e aos poucos fui voltando à vida. A equipe foi maravilhosa comigo e se dedicaram ao máximo para a minha reabilitação. Além dos cuidados médicos, me deram palavras de força e de fé o tempo todo. Foram tantas mãos que me ajudaram a levantar que não tem como esquecer”, afirma.

Durante a internação, ela também celebrou o aniversário. “Não foi a festa que eu sonhei, mas foi a mais especial. Eu estava comemorando a chance de uma nova vida, né?”, diz.

Hoje, Maiara está completamente curada, sem nenhuma sequela da doença. Voltou a trabalhar, retomou sua rotina e leva consigo tudo o que viveu durante o processo. “Dizem que, depois que a gente passa por algo assim, nunca mais é a mesma, né? Hoje sou mais forte, mais corajosa e mais grata. O HGF faz parte da minha vida. Foi lá que fui acolhida e cuidada com dignidade. Não tenho palavras suficientes para agradecer”, finaliza.